"a crueldade da doença neurológica é um poço sem fundo para as suas vítimas..." " António Damásio

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Somos um grupo de alunos de 12º ano do Colégio da Imaculada Conceição (CAIC). Criámos este blog para dar a conhecer o trabalho que formos desenvolvendo ao longo do ano na disciplina de Área de Projecto. Escolhemos como tema a Doença de Alzheimer, daí o nome do nosso grupo: Cerebrum (latim-cérebro), já que a doença afecta principalmente este órgão. Neste blog terão acesso à informação que formos recolhendo, ao trabalho que formos desenvolvendo assim como a links para vídeos, blogs e sites relacionados com o nosso tema.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Governo vai criar centros de dia para doentes com demência.


Na fase inicial serão abertas 270 vagas, mas se o projecto funcionar bem poderá ser alargado. O Estado irá apoiar a construção destas unidades, que podem vir a ser do Serviço Nacional de Saúde, das misericórdias ou de privados. No País há 70 mil pessoas que vivem com Alzheimer.
 

O Governo vai avançar ainda este ano com a criação de 18 unidades para doentes de Alzheimer, uma em cada capital de distrito do País. "Tratam-se de instalações com uma capacidade total para 30 pessoas e 50% das vagas destinam-se a doentes com demência, sobretudo de Alzheimer", revelou a coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Inês Guerreiro.
Esta rede vai arrancar com serviços de dia - ou seja, "à noite os utentes regressam às famílias". Uma situação que é já uma grande ajuda para os familiares dos cerca de 70 mil portugueses com Alzheimer, pois muitos são obrigados a deixar de trabalhar para os tratar.
O projecto inicial representa um total de 270 vagas para doentes cujas famílias já têm dificuldades em colocá-los nos lares convencionais, mesmo nos privados. Por isso,"quando a sua situação se torna muito dramática, a solução é interná-los nos hospitais, onde hoje já há maior disponibilidade para os receber do que há uns anos", explicou membro da comissão científica da Associação Portuguesa dos Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer, o médico António Leuschner.
O clínico sublinha porém que "ainda há alguns hospitais que colocam problemas na aceitabilidade destes doentes". Isto porque, as pessoas com doença de Alzheimer, pela sua demência, exigem cuidados e atenções especiais, e são vistas como um factor de perturbação para outros utentes dos lares ou hospitais.
As necessidades, contudo, estão a aumentar, porque a incidência da doença está também a crescer, apesar de relativamente lenta. Além disso, os doentes de Alzheimer "são pessoas que estão muito sujeitas a quedas e fracturas, que vêm complicar o seu estado de saúde", explica António Leuschner. As unidades que o Governo promete lançar agora são, por isso, ainda escassas para as necessidades. Mas já são uma ajuda.
As que abrirem em cada capital de distrito vão funcionar como experiências-piloto que, se correrem bem, poderão ser reproduzidas em outros lugares, adiantou Inês Guerreiro. Dado que, inicialmente, a rede terá apenas centros de dia, o internamento destes doentes, quando necessário, terá de ser garantido" na rede convencional de cuidados continuados, refere Inês Guerreiro, acrescentando: "O acesso é universal e os serviços estão a receber pessoas com todo o tipo de patologias".
A rede será constituída através da ampliação de algumas unidades já existentes e do reforço de pessoal das mesmas. Ou através da constituição de outras, autónomas. "A proposta está a ser avaliada pelas tutelas (Ministérios da Saúde e do Trabalho e Segurança Social). E a legislação que regulamentará este projecto deverá estar publicada em Diário da República no Verão. Só depois arrancará a criação das unidades", diz Inês Guerreiro.
O Estado vai apoiar a construção e contratar os financiamentos. As unidades poderão pertencer ao Serviço Nacional de Saúde, às misericórdias, privados ou IPSS e cada uma criará entre 10 a 12 novos postos de trabalho. Mais um factor positivo em tempos de crise. 


Fonte: Diário de Notícias.

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