"a crueldade da doença neurológica é um poço sem fundo para as suas vítimas..." " António Damásio

Olá!

Somos um grupo de alunos de 12º ano do Colégio da Imaculada Conceição (CAIC). Criámos este blog para dar a conhecer o trabalho que formos desenvolvendo ao longo do ano na disciplina de Área de Projecto. Escolhemos como tema a Doença de Alzheimer, daí o nome do nosso grupo: Cerebrum (latim-cérebro), já que a doença afecta principalmente este órgão. Neste blog terão acesso à informação que formos recolhendo, ao trabalho que formos desenvolvendo assim como a links para vídeos, blogs e sites relacionados com o nosso tema.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Olá,
Aqui está uma boa notícia para os doentes de Alzheimer, cientistas britânicos desenvolveram uma droga que pode retardar o avanço do mal de Alzheimer e que pode estar no mercado em 2012.

Testes da droga, conhecida como 'rember', em 321 pacientes mostraram que houve uma diferença de 81% na taxa de deterioração mental em comparação aos que não receberam tratamento.
Os pesquisadores da Universidade de Aberdeen, na Escócia, disseram que a droga age sobre o acumulo de uma proteína específica no cérebro.
Especialistas no mal de Alzheimer estão optimistas com os resultados, mas disseram que são necessários agora testes mais amplos para confirmar sua eficácia.
Ao apresentar sua pesquisa na Conferência Internacional sobre o Mal de Alzheimer, em Chicago, Claude Wischik disse que a droga pode ser lançada no mercado até 2012.
Pacientes com sintomas considerados leves ou moderados da doença receberam 30, 60 ou 100 miligramas da droga ou um placebo.
A dose de 60 miligramas foi a que produziu efeitos mais evidentes - em 50 semanas (cerca de um ano) foram registrados sete pontos de diferença em uma escala usada para medir a gravidade da doença.
Imagens obtidas com ressonância magnética sugeriram que a droga pode ter seu maior efeito em partes do cérebro responsáveis pela memória.
Mais tarde verificou-se que a proteína, chamada Tau, se acumula dentro das células envolvidas na memória, destruindo-as no processo.
Rember, ou Cloreto de metiltionina, é o primeiro tratamento formulado especificamente para agir sobre Tau.
Outros tratamentos para o mal de Alzheimer tendem a se concentrar no combate a uma proteína no cérebro, beta-amilóide, conhecida por formar plaquetas duras. O mais recente trabalho sugere que actuar sobre Tau pode produzir melhores resultados.
Testes mais amplos da droga estão sendo programados para começar em 2009, e pesquisadores também estão investigando o seu papel na prevenção da doença.
Clive Ballard, chefe de pesquisa da Alzheimer's Society, disse que este "é um grande desenvolvimento novo no combate à demência".
Segundo ele, o resultado dos testes "sugere que a droga pode ter o dobro da eficácia do que qualquer tratamento disponível actualmente".
Olá
Aqui ficam alguns links sobre o mal de Alzheimer que poderão ajudar nalgumas coisas.
Até depois, Cerebrum..











Bom dia!
Este artigo fala de um diapositivo de localização de idosos com o mal de Alzheimer que está a ser desenvolvido em São Paulo, Brasil.

A Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo, está desenvolvendo um dispositivo de localização de idosos para evitar que se percam durante uma caminhada ou ida ao super mercado, por exemplo. O objectivo é obter um aparelho rastreador que garanta maior autonomia àqueles com alguma perda de memória ou nos estágios iniciais do mal de Alzheimer.
A tecnologia utilizada para localizar idosos com problemas de memória e a mesma usada para rastrear presos em liberdade condicional e carros roubados. Em Portugal, já existe uma pesquisa sobre o uso em pacientes com Alzheimer. “No Brasil, nosso estudo é pioneiro", garante a pesquisadora da Universidade, Sofia Pavarini. "O ideal é que os idosos comecem a usar o sistema desde cedo, para que tanto a família como eles próprios se preparem para as fases mais avançadas e debilitantes da doença".

Além de pesquisadores da área de saúde - médicos, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais - participam do projecto engenheiros eléctricos, de produção e assistentes sociais. A multidisciplinaridade dos profissionais engajados na pesquisa visa tornar mais palatável ao idoso iletrado o uso do aparelho localizador.


" Nós temíamos que os cem idosos que participam da pesquisa tivessem dificuldade para manipular o aparelho ou esquecessem de carregar sua bateria, que dura 24 horas. Mesmo nos bairros mais pobres, isso não aconteceu. Muito por causa da popularização dos celulares. Como o dispositivo lembra um telefone móvel, sempre havia alguém na casa, quando não o próprio idoso, que conseguia programá-lo e lembrava de pôr carga", ressalta Sofia.
Agora, os pesquisadores planeiam testar o dispositivo em forma de relógios e cintos.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Olá
Este artigo trata-se de um estudo feito a doentes de Alzheimer em que, ao verem os filmes, retém as emoções, mas esquecem-se do filme em si.


Segundo a pesquisa, indivíduos com problemas de perda de memória esquecem uma conversa ou um momento engraçado, por exemplo. Mas, ainda assim, as sensações associadas com as experiências podem permanecer, com melhoria no humor e no bem-estar.
O trabalho, feito por cientistas da Universidade do Iowa, será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os pesquisadores mostraram a pessoas com problemas de retenção de memória pequenos filmes alegres e tristes. Embora os participantes não tenham conseguido lembrar o que assistiram, o estudo verificou que eles mantiveram as emoções suscitadas pelos filmes.
Os autores do trabalho afirmam que os resultados têm implicações directas para portadores da doença de Alzheimer. “Uma simples visita ou um telefonema de algum membro da família pode ter uma influência positiva na felicidade do paciente, mesmo que ele rapidamente esqueça que a visita ou a chamada tenha ocorrido”, disse Justin Feinstein, um dos autores do estudo.
“Por outro lado, a contínua indiferença por parte dos profissionais de saúde do local onde o paciente está internado pode deixá-lo mais triste, frustrado e solitário, ainda que ele não saiba os motivos por estar se sentindo dessa forma”, afirmou.
“Ainda que não se lembrassem dos filmes, eles sentiam a emoção. Tristeza tendeu a durar mais tempo do que a alegria, mas as duas emoções permaneceram por muito mais tempo do que a memória dos filmes”, disse Feinstein.

O artigo Sustained experience of emotion after loss of memory in patients with amnesia (doi/10.1073/pnas.0914054107) é de Justin Feinstein.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Governo vai criar centros de dia para doentes com demência.


Na fase inicial serão abertas 270 vagas, mas se o projecto funcionar bem poderá ser alargado. O Estado irá apoiar a construção destas unidades, que podem vir a ser do Serviço Nacional de Saúde, das misericórdias ou de privados. No País há 70 mil pessoas que vivem com Alzheimer.
 

O Governo vai avançar ainda este ano com a criação de 18 unidades para doentes de Alzheimer, uma em cada capital de distrito do País. "Tratam-se de instalações com uma capacidade total para 30 pessoas e 50% das vagas destinam-se a doentes com demência, sobretudo de Alzheimer", revelou a coordenadora da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Inês Guerreiro.
Esta rede vai arrancar com serviços de dia - ou seja, "à noite os utentes regressam às famílias". Uma situação que é já uma grande ajuda para os familiares dos cerca de 70 mil portugueses com Alzheimer, pois muitos são obrigados a deixar de trabalhar para os tratar.
O projecto inicial representa um total de 270 vagas para doentes cujas famílias já têm dificuldades em colocá-los nos lares convencionais, mesmo nos privados. Por isso,"quando a sua situação se torna muito dramática, a solução é interná-los nos hospitais, onde hoje já há maior disponibilidade para os receber do que há uns anos", explicou membro da comissão científica da Associação Portuguesa dos Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer, o médico António Leuschner.
O clínico sublinha porém que "ainda há alguns hospitais que colocam problemas na aceitabilidade destes doentes". Isto porque, as pessoas com doença de Alzheimer, pela sua demência, exigem cuidados e atenções especiais, e são vistas como um factor de perturbação para outros utentes dos lares ou hospitais.
As necessidades, contudo, estão a aumentar, porque a incidência da doença está também a crescer, apesar de relativamente lenta. Além disso, os doentes de Alzheimer "são pessoas que estão muito sujeitas a quedas e fracturas, que vêm complicar o seu estado de saúde", explica António Leuschner. As unidades que o Governo promete lançar agora são, por isso, ainda escassas para as necessidades. Mas já são uma ajuda.
As que abrirem em cada capital de distrito vão funcionar como experiências-piloto que, se correrem bem, poderão ser reproduzidas em outros lugares, adiantou Inês Guerreiro. Dado que, inicialmente, a rede terá apenas centros de dia, o internamento destes doentes, quando necessário, terá de ser garantido" na rede convencional de cuidados continuados, refere Inês Guerreiro, acrescentando: "O acesso é universal e os serviços estão a receber pessoas com todo o tipo de patologias".
A rede será constituída através da ampliação de algumas unidades já existentes e do reforço de pessoal das mesmas. Ou através da constituição de outras, autónomas. "A proposta está a ser avaliada pelas tutelas (Ministérios da Saúde e do Trabalho e Segurança Social). E a legislação que regulamentará este projecto deverá estar publicada em Diário da República no Verão. Só depois arrancará a criação das unidades", diz Inês Guerreiro.
O Estado vai apoiar a construção e contratar os financiamentos. As unidades poderão pertencer ao Serviço Nacional de Saúde, às misericórdias, privados ou IPSS e cada uma criará entre 10 a 12 novos postos de trabalho. Mais um factor positivo em tempos de crise. 


Fonte: Diário de Notícias.

terça-feira, 27 de abril de 2010

No passado dia 15 de Abril tivemos uma conferência acerca do nosso tema, a demência de Alzheimer, onde contámos com a participação de alguns médicos, uma psicóloga, e um enfermeiro do Hospital dos Covões.
Aqui ficam algumas fotos, Cerebrum..


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Olaaaaa, trago um artigo de um estudo feito no Hospital Universitário de Brasília em que cantar é terapia para pacientes de Alzheimer


“A primeira apresentação que o coral fez foi num evento em que se comemorava os cem anos da descrição da doença de Alzheimer. Houve grande emoção. Vários médicos e vários profissionais chegaram a chorar ao ver pacientes cantando, muito alegres, rindo”.
 

O estímulo ao canto tem trazido bons resultados para pacientes de Alzheimer em tratamento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Criado em 2005, o coral da unidade funciona como terapia complementar para os portadores da doença.
De acordo com o idealizador da proposta e presidente da Associação Mundial de Gerontologia e Geriatria, Renato Maia, a iniciativa tenta recuperar a memória, a alegria e o bem-estar dos pacientes.
"Não nos foi possível ainda comprovar isso através de testes científicos, mas familiares tem notado que os casos de pacientes que frequentam o coral tem ficado mais estáveis, eles estão muito mais alegres e comparecem ao centro com mais disposição que antes”, disse.
Para Maia, os encontros do coral são animados. O grupo, que conta com quase 30 pessoas, tem no repertório sambas, marchinhas de Carnaval e músicas folclóricas.
“As músicas escolhidas são geralmente fáceis e do passado. São aquelas que os pacientes tiveram mais oportunidade de ouvir e que tem maior possibilidade de recordar.”
Além dos pacientes, os familiares são convidados a participar do coral. Segundo Maia, a integração entre parentes e portadores da doença é muito importante, pois melhora a qualidade de vida deles.
“Muitos pacientes com Alzheimer sequer conseguem cantar a letra da música correctamente. O familiar é quem auxilia e incentiva e essa forma de terapia visa também a contribuir para o bem-estar do familiar, que sofre muito com a pessoa que tem a doença”, afirmou.

Os ensaios do coral ocorrem todas as terças-feiras, pela manhã, no corredor do primeiro andar do ambulatório do HUB. Além dos encontros regulares no hospital, o grupo também faz apresentações em diversos locais de Brasília. Já se apresentaram no Sector Comercial Sul, na Universidade de Brasília e em um shopping da cidade.
Segundo ele, a terapia complementar não visa apenas descobrir a cura da doença, controlar a agressividade e melhorar a memória dos pacientes, mas também fazer com que os pacientes reencontrem a alegria de viver.